Que dia é hoje?



Estávamos em Dezembro, tempo de Natal e de ofertas. O Presidente do Vitória, Emílio Macedo decide dar uma prenda aos associados. Ou melhor, a promessa de uma prenda. No final de Janeiro, as contas do clube estariam saneadas, «o clube fica em condições para caminhar para o rumo que os seus associados entenderem», pois estava a ser preparada uma «reestruturação financeira do clube e o sufrágio sobre o modelo organizativo para o Vitória»

Ora Janeiro está prestes a terminar e não temos notícias de qualquer fundo. Eu sei que estamos a entrar em Fevereiro, altura de Carnaval, não gostava que o presidente esperasse para essa altura para dizer que foi tudo brincadeira.

As únicas novidades que saem cá para fora são através do Facebook do Faouzi e das fontes, no mínimo, duvidosas dos jornais desportivos, que levam para a praça pública a notícia miserável de salários em atraso.

Com isto, vejo um plantel cada vez mais curto, com investimentos a não dar em nada, posso referir por exemplo o Faouzi que sai emprestado ou Soudani, um avançado de 600 mil euros que conta com poucos minutos, isto só para notificar alguns, pois a lista é quase interminável e ocuparia o espaço do artigo todo.

É tempo desta Mesa da Assembleia Geral mostrar a sua imparcialidade que é exigida ao cargo e marcar a de novo a assembleia para que os sócios possam ser ouvidos, expressando, desta forma o que será melhor para o futuro do Vitória.

Não é tempo de deixar andar, é tempo de tomar decisões. João Cardoso, Presidente da Assembleia Geral, pediu para os sócios aguardarem um mês. O mês está terminado. Não vale a pena esperar pelo Carnaval.

Bate Forte Guimarães



Entramos em 2012 como capital. Não a capital do país, como outrora fomos, mas como capital Europeia da Cultura. Depois do centro histórico ser nomeado, em 2001, Património Mundial pela Unesco, Guimarães recebe, este ano, milhares de espectáculos e, consequentemente, turistas de todo mundo. Resta saber se a cidade está preparada para um ano inteiro recheado de cultura e pessoas.

Solenemente inaugurada pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e pelo Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, esta Capital Europeia da Cultura espera marcar não só os portugueses, mas também todos aqueles que estão dispostos a visitar a nossa cidade.

É importante que consigamos fazer deste acontecimento uma âncora que possa ajudar a cidade a combater a crise que afecta todo o território português, mas neste caso particular, o concelho de Guimarães, que é sempre muito afectado com o desemprego, pois vive muito da industrialização.

Cabe-nos saber receber quem nos visita, porque todos os vimaranenses tem um papel importante neste evento, não fosse o slogan “Tu fazes parte”, desta maneira faremos com que estas visitas não sejam efémeras e continuem acontecer regularmente.

Resta-nos, portanto, desfrutar de Guimarães Capital Europeia da Cultura e dos próximos anos que se avizinham.

Um não aos Salvadores

A situação do económico-financeira do Vitória é reconhecida por todos os associados do clube e até mesmos por aqueles que não são. Neste momento, temos uma direcção que luta para diminuir o passivo, pois desespera por um fundo de investimento que prometeu aos sócios, bem como três candidatos que já assumidos. Só resta acrescentar que as eleições só estão marcadas para o ano, mas nunca há certezas…

Com este cenário, temos alguns candidatos que defende os actuais estatutos do clube, outros que vão pelas Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e, ainda, aqueles que defendem uma Sociedade Desportiva Unipessoal por Cotas (SDUC).

Eu defendo manter os estatutos como estão. Através de uma gestão profissionalizada poder-se-á reestruturar o passivo, controlar economicamente o clube e apresentar aos sócios uma transparência para que este tenham consciência dos problemas que o clube atravessa, ou seja, os problemas que eles atravessam. Só assim, eles puderam perceber as medidas que se tem obrigatoriamente de se tomar.

Através, única e exclusivamente, de receitas ordinárias, para não ser levados por promessas ridículas que rondam os quatro milhões, o Vitória tem argumentos para sobreviver e manter a competitividade desportiva com os melhores como sempre foi seu timbre.

Deixando, deste modo, cair de parte a criação de uma SAD ou uma SDUC, pois neste momento financeiramente frágil o clube torna-se pouco atractivo para investidores e não corremos o risco de um Salvador tomar conta do Castelo.